5.2 As lições dos Mestres de Cidade Esperança nos protegem contra o suicídio
Há inúmeros motivos para nos opormos ao suicídio. Abordemos alguns deles, todos elencados no referido item 17 do Capítulo V do ESE:
(1) a certeza da vida futura;
(2) a certeza de que abreviando nossa vida pelo suicídio, chegamos a um resultado contrário ao que esperávamos;
(3) a certeza de que, para libertar-nos de um mal pelo suicídio, cairemos em outro ainda pior;
(4) a certeza de que nos enganamos ao achar que o suicídio permitiria chegar mais rápido para o céu; e
(5) a certeza de que o suicídio será um obstáculo para nos reunirmos com as pessoas queridas no outro mundo.
Tal certeza advém da leitura das comunicações psicográficas registradas na segunda parte do livro o Céu e o Inferno (de Allan Kardec) 139, do conteúdo das Revistas Espíritas 140 e nas incontáveis psicografias recebidas pela mediunidade caridosa de Chico Xavier, Yvonne do Amaral Pereira, Divaldo Pereira Franco e tantos outros seareiros do Cristo.
O livro Memórias de um Suicida reforça tais conclusões quando relata a dura realidade vivida por Camilo Cândido Botelho após sua desencarnação em decorrência de suicídio. Transcrevemos parte do último parágrafo do último capítulo (“Últimos traços”) do referido livro:
“- Coragem, peregrino do pecado! Volta ao ponto de partida e reconstrói o teu destino e virtualiza o teu caráter aos embates remissores da dor educadora! Sofre e chora resignado, porque tuas lágrimas serão o manancial bendito no qual se irá dessedentar tua consciência sequiosa de paz! Deixa que teus pés sangrem entre os cardos e as arestas dos infortúnios das reparações terrenas; que teu coração se despedace nas forjas da adversidade; que tuas horas se envolvam no negro manto das desilusões, calcadas nas angústias e solidão! Mas tem paciência e sê humilde, lembrando-te de que tudo isso é passageiro, tende a se modificar com o teu reajustamento às sagradas leis que infringiste… e aprende, de uma vez para sempre, que é imortal e que não será pelos desvios temerários do suicídio que a criatura humana encontrará o porto da verdadeira felicidade…”
Mesmo diante da dor e do sofrimento, há o que podemos fazer para nos proteger do suicídio e optarmos pela vida.
(continua)
Imagem: Capela do Castelo Frederiksborg - Dinamarca
Artista: Carl Henrich Block - 1873
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