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Os Mensageiros, cap. 15 - A Viagem

Os textos aqui publicados tem seus direitos autorais integralmente

cedidos à Federação Espírita do Rio Grande do Sul.





Este poema é inspirado no capítulo do livro “Os Mensageiros”, ditado pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier – da FEB Editora.

Na inspiração para compô-los tivemos o auxílio valioso do querido poeta Roberto Pedro Michelena, ex-Presidente da Fergs, que na sua labuta no mundo espiritual tem nos estimulado a trabalhar a linguagem poética como forma de educar os sentimentos e abrandar os impulsos. Cada poema expressa algum ou alguns dos ensinos profundos trazidos na obra em referência, pelo que convidamos o leitor a fazer a leitura do texto do livro e após repetir a leitura do poema, o que levará razão e coração a aprofundar o entendimento dos ensinos ministrados pelo mestre André Luiz.

Beth Barbieri



A Viagem

 

As rotas para o planeta guardavam muita surpresa

Usando a volitação vencemos distância imensa

Até que estranha paisagem, desvestida de beleza

Prenunciou uma região de atmosfera mais densa.

 

 Logo indaguei o motivo de tanta transformação

- Refere-se a vibrações mais fortes da mente humana

Refletindo os estados de intensa perturbação

Em que milhares de almas se debatem em luta insana

 

Nesses instantes vivemos fenômeno singular

Raios de luz emanavam dos nossos corpos sutis

Aniceto com alegria ficou a nos contemplar

Vicente e eu ajoelhados em prece ungida e feliz

 

Mergulhamos na paisagem de um clima extravagante

Picos mergulhados em treva, muito frio, sem luz solar

Cercados de precipícios e aves horripilantes

Vegetação esquisita e a rija ventania que soprava sem parar

  

- Por quem sois, nobre Aniceto, pois para mim se descerra

Essas terras surpreendentes que não sabia existir

- São domínios diferentes em continuação da Terra

Que a percepção humana não consegue discernir

 

Aniceto abordou o tema com muita amabilidade

- As lentes da Astronomia e outros campos da Ciência

Somente identificam questões de exterioridade

Mas a visão do Espírito requer outra inteligência

 

Sentidos espirituais demandam aprimoramento

Para ver mundos sutis dentro de mundos grosseiros

Em cumprimento da lei de observar com proveito

Enquanto os laços físicos nos mantêm em cativeiro

 

Nessa etapa da viagem colhemos novas lições

Andando em extensa zona com muitos desventurados

Nosso corpo espiritual diminuiu irradiações

Evitando a exibição de luz aos infortunados 

 

A excursão para o Orbe ficou menos agradável

Passo a passo Nosso Lar ia ficando para trás

Em silêncio religioso e em marcha incansável

Avistamos o Castelo que abriga o Campo da Paz     

     

Ficou no meu coração para não mais esquecer

Sempre elevarmos a Deus nossa singela oração

“Quem não sabe agradecer não saberá receber

E, muito menos, pedir luz, amor e proteção.

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