Os Mensageiros, cap. 16 - No Posto de Socorro
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cedidos à Federação Espírita do Rio Grande do Sul.

Este poema é inspirado no capítulo do livro “Os Mensageiros”, ditado pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier – da FEB Editora.
Na inspiração para compô-los tivemos o auxílio valioso do querido poeta Roberto Pedro Michelena, ex-Presidente da Fergs, que na sua labuta no mundo espiritual tem nos estimulado a trabalhar a linguagem poética como forma de educar os sentimentos e abrandar os impulsos. Cada poema expressa algum ou alguns dos ensinos profundos trazidos na obra em referência, pelo que convidamos o leitor a fazer a leitura do texto do livro e após repetir a leitura do poema, o que levará razão e coração a aprofundar o entendimento dos ensinos ministrados pelo mestre André Luiz.
Beth Barbieri
No Posto de Socorro
Deslumbrou-me a visão do castelo imponente!
Rodeado de contrafortes a guisa de segurança
Pois a desencarnação não implica em mudança
Embora a concepção do céu e inferno tão forte
Nossa personalidade não se altera com a morte
Por isso a grande muralha se erguia onipotente
Ao toque do instrutor, abriram-se os portões
Recebemos saudação de maneira reverente
Aniceto ergueu a mão que ficou luminescente
Retribuindo os cumprimentos, externando muito amor
De pronto nos dirigimos para as alas do interior
Do magnífico posto que ensejou reflexões
Pomares, belos jardins – natureza maternal
Ali a sombra cedera ao clarão crepuscular
O vento entre os arvoredos docemente a circular
Tal situação refletia os panoramas mentais
Das almas que ali viviam em lides assistenciais
Plasmando seu habitat em comunhão fraternal
O Posto se assemelhava a eficiente educandário
Em que o eixo das equipes era o labor dedicado
Onde um encontro especial nos estava reservado
Aniceto apresentou-nos a distinto servidor
Alfredo, naquele Posto, era administrador
E em favor dos infelizes tinha dever solidário
Conhecemos Dona Ismália, que visitava o lugar
Muitas dúvidas surgiram durante a nossa estadia
Maravilhado fiquei diante de tudo o que via
As linhas da arquitetura de transparente beleza
Os móveis e as esculturas de muita delicadeza
Uma arte primorosa de inspiração singular
Toda a forma elevada das grandes obras na Terra
São visões que o artista com divina inspiração
Traduz em cópias terrenas de imortal Criação
O gênio que traz em si superior matiz moral
Sempre vê, ouve e sente além da esfera carnal
A beleza que o reino do Espírito descerra
Aquele primeiro posto depois de intensa jornada
Foi paragem valiosa para o nosso aprendizado
Em especial para mim, sempre me foi desvendado
Prismas diversos da vida, dos caminhos para Deus
Aniceto despertou-me dos muitos pensares meus
Porque a hora do descanso finalmente era chegada
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