Os Mensageiros, cap. 5 - Os Mensageiros
Os textos aqui publicados tem seus direitos autorais integralmente
cedidos à Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
Este poema é inspirado no capítulo do livro “Os Mensageiros”, ditado pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier – da FEB Editora.
Na inspiração para compô-los tivemos o auxílio valioso do querido poeta Roberto Pedro Michelena, ex-Presidente da Fergs, que na sua labuta no mundo espiritual tem nos estimulado a trabalhar a linguagem poética como forma de educar os sentimentos e abrandar os impulsos. Cada poema expressa algum ou alguns dos ensinos profundos trazidos na obra em referência, pelo que convidamos o leitor a fazer a leitura do texto do livro e após repetir a leitura do poema, o que levará razão e coração a aprofundar o entendimento dos ensinos ministrados pelo mestre André Luiz.
Beth Barbieri
Os Mensageiros
Adentramos ao salão onde Aniceto esperava
Para a oitiva de Telésforo – veraz comunicador
A multidão de aprendizes por testemunho anelava
Pois eram muitas falências, ora lhes causando dor
O verbo com autoridade, sem nenhuma afetação
Foi elencando os ensinos para o presente e o porvir
Em tarefas redentoras na Terra em transformação
Médiuns e doutrinadores reaprendendo a servir
Muitos chumbados à Crosta permanecem distraídos
Outros combatem a ideia da redenção paulatina
Rendem-se à inferioridade que ronda em muitos sentidos
Porém, o aperfeiçoamento é de todos nós, a sina
O nobre doutrinador foi pontuando orientações
Falou da incompreensão, vinda de almas sinceras
Que na obra coletiva se traduz em provações
E detém a mente humana no terreno das quimeras
A Ciência - disse ele - progride em muitos sentidos
Dores físicas suprime, enquanto cresce a aflição
A cada instante que passa os homens são surpreendidos
Com as grandes descobertas, ao lado da perdição
Assassinatos e guerras, requintes de crueldade
Homicídios, suicídios, a inquietação sexual
Moléstias desconhecidas, crescente desigualdade
Loucura invadindo os lares – eis o panorama atual
O corpo bem atendido e a alma andrajosa
Há criaturas na Terra se afeiçoando à sintonia
De quem desprezou a vida e vagueia desejosa
Para em nova existência aplacar sua agonia
A associação é lei vigente em qualquer lugar
O crime agarra-se ao crime; o enfermo ao doente
Por isso nos preparamos para o auxílio salutar
De ofertar reajuste pelo exemplo eloquente
Labor incondicional, sem medir compensações
E as discussões estéreis, não são pautadas também
Somente a sublimidade das muitas renunciações
E as trilhas do sacrifício, nas duras sendas do bem
Reprisou-nos o instrutor em tom sério e amoroso
- Quem não deseja servir, demande outra atividade
Comunicação é lide onde o tempo é valioso
E servir, aqui, requer inquebrantável vontade
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