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Pessoa com surdocegueira e processo inclusivo




Algumas pessoas apresentam comprometimentos sensoriais acentuados e combinados de visão e audição, os quais se prolongam ao longo da atual reencarnação e, conforme sua transformação moral e intelectual e o aproveitamento das específicas necessidades pedagógicas de aprendizagem e interação, podem seguir para vidas futuras - não significando que estas sejam expiações e provas de caráter eterno, admitindo-se também que estas dificuldades possam ter sido solicitadas como missão na colaboração com o melhoramento do seu clã, de pertencimento e participação na agilização da melhoria da sociedade quanto a elaboração de novas atitudes e procedimentos alternativos para a inclusão.

Naturalmente entende-se o quanto tal associação dos comprometimentos conjuntos destes dois canais de coleta e expressão de comunicações dificultam para a pessoa a compreensão do mundo em seu redor e a interação social e mesmo ambiental. Fundamental, por tal motivo, que haja entendimento e compreensão do conceito de surdocegueira para familiares e demais pessoas começarem a colocarem prática mediações seguras e eficientes, sem simplesmente adotarem comportamentos perplexos e excludentes.

A surdocegueira não deve ser entendida como um somatório de perdas, mas como algo singular e próprio, uma unidade de experiência que afeta diversos aspectos vivenciais, ocasionando graves dificuldades comunicativas e agravos em outras áreas do desenvolvimento. Como sinaliza o Individuals with Disabilities Education Act - IDEA, PL101 -476, 20 USC, Chapter 33, Section 1422 2, alguém com surdocegueira possui necessidades de aprendizagem, não sendo possível serem educadas apropriadamente sem a mediação especializada (educação especial) e sem a existência e o apoio de serviços relacionados, os quais precisam ser providenciados especificamente para quem apresenta deficiência visual e auditiva ou com graves deficiências com o objetivo de poder corresponder às necessidades educativas decorrentes das suas deficiências.

Alguém com surdocegueira (desde crianças até idosos) necessariamente não tem ausência total de visão e de audição em alguns casos. Do ponto de vista sensorial, esta condição pode ser agrupada em quatro grupos: Os que são totalmente surdos e cegos; Os que são surdos e têm limitações na visão; Os que têm limitações na audição e são cegos; Os que têm alguma visão e audição. Portanto, é bastante ampla a variedade das limitações sensoriais inclusa na surdocegueira, diversificando igualmente os graus e as intensidades das suas consequências.

Por conseguinte, em determinadas situações estratégias de contraste, letras ampliadas, cores definidas, fala audível e bem pronunciada, sem a interferência de sons inconvenientes auxiliam o processo interativo. Em outras situações, entretanto, talvez haja a necessidade de a comunicação ser estabelecida pelo braile ou o braile tátil, se a visão for o canal mais afetado, assim como a adoção da língua de sinal usual ou a língua de sinais táteis, sendo a audição aquela mais afetada ou que inicialmente tenha surgido. Como a audição e a visão são sentidos analíticos, é possível depreender as consequências de qualquer um destes sentidos, ou dos dois, serem afetados, tornando-se necessário o uso do tato, que é um sentido sintético (de menor abrangência, embora de grande utilidade). Uma estratégia muito importante é o diálogo, quando possível, com aprópria pessoa ou, então, com seus familiares, para conhecimento da atitude mais adequada a ser adotada.

Como a pessoa com surdocegueira tem uma experiência própria do mundo, ela apresenta necessidades interativas e de aprendizagem únicas de acordo com as suas especificidades, não podendo, por isto, ser educada de forma adequada apenas nos programas para pessoas com limitações nos domínios da visão ou da audição. Ela necessita de assistência suplementar qualificada e especializada, viabilizando a possibilidade de poder alcançar o desenvolvimento de todo o seu potencial.

Para quem é totalmente surdocego, o mundo é inicialmente muito restrito, sendo a sua experiência acerca do mundo estendida apenas até onde o seu tato conseguir chegar, encontrando-se efetivamente sozinha, se ninguém a tocar e com ela estabelecer intercâmbios. Assim, os seus conceitos acerca do mundo dependem das oportunidades que alguém oferece e disponibiliza para contatar fisicamente com as pessoas, os materiais e conhecer o mundo circundante. Se ela tiver alguma visão ou audição que possa utilizar funcionalmente, como acontece com muitas pessoas, o seu mundo pode ser significativamente alargado. A responsabilidade em não haver modificações em seus conhecimentos, porém, está muito mais em quem não tem estas deficiências e naquela pessoa que promove a exclusão em lugar de optar por ser includente.

Para se compreender melhor todo este espectro, torna-se importante considerar a idade em que surgiu a limitação, as possíveis correções (cirurgias, lentes, próteses auditivas) existentes, a presença ou não de limitações cognitivas, motoras e outros possíveis problemas de saúde adicionais. Esta identificação auxilia em muito para a escolha e indicação de estratégias específicas a serem aplicadas.

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