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Prece, arte e luz na abertura do último dia do congresso

O último dia do 12º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, domingo (29/10), envolveu a todos no sentimento de saudade dos encontros, trocas de experiências e reflexões em torno do compromisso assumido de sonhar, construir e viver o Mundo de Regeneração. A prece proferida por Vinícius Lima Lousada, vice-presidente de unificação da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (Fergs) em parceria com a apresentação do Grupo Dom e do Grupo Nós estabeleceu a tônica amorosa das atividades da manhã.


A caridade como Sol do Novo Tempo

Chegamos aos painéis do “Núcleo Temático Construir” com a certeza de que os espíritas possuem um papel a desempenhar na busca da renovação interior, superando os limites pessoais, tendo em vista o nosso progresso espiritual. A explanação da escritora Eulália Bueno sobre “A vivência do amor: resiliência e caridade no Mundo de Provas e Expiações” chamou a atenção do público para a necessidade de construção do amor nos constantes movimentos da vida, lembrando que é a resiliência que fortalece o Espírito para o enfrentamento das vicissitudes terrestres.

“Precisamos nos apresentar para o bom combate. Consolar a dor nas ruas, nos lares, nos centros espíritas, onde quer que ela se apresente para depositar nos corações desiludidos a esperança do amor. Devemos exercitar a caridade do sorriso, do abraço e da fala consoladora” - convida a expositora. Nesse sentido, ela acredita que a temática do aborto já não precisaria mais ser debatida, tendo em vista que a lei da vida é uma lei divina que deve ser respeitada por todos nós.


A luz da verdade se eleva na voz de Artur Valadares

Na sequência, o engenheiro Artur Valadares, abordou uma temática com afirmações reveladoras: “Poderoso é o sol da verdade: “Eu e o Pai somos um; Ele está em mim e eu estou Nele.” Durante sua fala, o expositor despertou a mente e os corações dos participantes para o conhecimento de sua verdadeira natureza e sua unidade em Deus para uma vivência espiritual profunda. Com entusiasmo, o expositor lembrou a experiência de um dos mártires do período da reforma religiosa, Jan Huss, levado à fogueira, em 6 de julho de 1415, após ser condenado pelo Concílio de Constança, na Alemanha, por criticar os abusos de poder praticados pela igreja.

“Tendo o corpo consumido pela fogueira, Jan Huss tornou-se a chama que irradiou-se ainda mais brilhante para os séculos porvindouros, quando assumiria a missão de resgatar as verdades do Evangelho do Cristo, sob as luzes de uma nova doutrina, como Allan Kardec” - destacou Valadares. Mais tarde, o codificador do espiritismo viu novamente as chamas da fogueira se elevarem diante de si, porém, desta vez, a igreja não lutava mais para extinguir o seu corpo, tentava matar as ideias marcadas pelas verdades sobre a imortalidade da alma, quando exemplares do “Livro dos Espíritos” foram queimados no “Auto de fé”, realizado em Barcelona (ES), em 9 de outubro de 1861. “Discípulo fiel, Allan Kardec encarou os sacrifícios impostos pela abrangência de sua missão, alimentando as trevas da ignorância humana com as luzes da verdade consoladora” - declara o orador.


Roda de Conversa celebra o Evangelho de Jesus

Janete de Azambuja Correa, colaboradora da Área de Formação de Lideranças da Fergs, mediou o bate-papo entre os oradores espíritas, Eulália Bueno e Artur Valadares, sobre as belezas da mensagem do Cristo clareadas pelas luzes do espiritismo. Na opinião de Eulália Bueno, somente a compreensão profunda da natureza da Lei do Trabalho, descrita no “Livros dos Espíritos”, em sua terceira parte das leis morais, pode evitar os desencantos da vida em relação aos desafios da prática profissional, tendo em vista que a grande maioria de nós não tem oportunidade de fazer aquilo que ama para garantir o seu sustento.

“Quando compreendemos que o trabalho é toda a ocupação útil, percebemos que todo o serviço, remunerado ou não, é ação do espírito imortal na construção do seu futuro, tendo sempre em mente que o maior trabalho que podemos empreender é a construção de nós mesmos” - ressalta a expositora. Sobre o impacto do “Culto de Evangelho no Lar”, Artur Valadares destaca os benefícios de contarmos com a presença do Cristo no ambiente familiar. “A semente do evangelho propicia a sintonia com os espíritos superiores que zelam pelos destinos daqueles que amaram enquanto viviam na Terra, garantindo a proteção espiritual que evita a presença de influências perniciosas que podem perturbar a psicosfera de um lar” - afirma o orador espírita.


As novas gerações encerram o congresso dedicado ao Sol do Novo Tempo

Compreendendo a necessidade de proporcionar uma experiência de integração para a família, a Área de Infância e Juventude da Fergs participou ativamente do planejamento e da organização dos espaços do Congressinho de Bebês (0 a 2 anos), Congressinho (3 a 12 anos) e o Espaço Jovem (13 a 21 anos), eventos integrados ao 12º Congresso Espírita do RS. Inseridas na mesma proposta temática do evento principal, as atividades foram divididas nos “Núcleos Temáticos: sonhar, construir, viver e educar". Com metodologia adaptada ao processo de aprendizagem de cada faixa etária, bebês, crianças e jovens elaboraram planos para a construção de um mundo mais fraterno para todos através de experiências lúdicas e educativas. “Quanto mais dedicarmos os nossos esforços na germinação das sementes representadas pelas crianças, maiores serão as chances de colhermos bons frutos na construção de uma sociedade alicerçada nos valores do homem de bem” - destaca Taís Crisiani da Luz, Diretora do AIJ da Fergs.


A alegria jubilosa vivenciada, ao longo dos três dias do congresso, foi traduzida através da arte, durante a cerimônia de encerramento do 12º Congresso Espírita do RS. Juntos no palco principal, bebês, crianças, jovens e evangelizadores apresentaram ao público o resultado dessa experiência transformadora. Os balões que formaram as palavras “Sol, Jesus e Amor” foram erguidos pelos representantes das novas gerações que entoaram um canto de paz através dos acordes da música “Abraço a Jesus”, de João Gualberto Jr., que diz “Quando eu faço o bem, eu abraço a Jesus. E é nesse abraço que eu faço o bem.” Na prece final, o presidente da Fergs, Antonio Nascimento, emocionou o público agradecendo as experiências compartilhadas, os abraços trocados, o apoio da equipe de voluntários e o amparo, inestimável, da espiritualidade sublime que conduziu amorosamente o grande reencontro da família espírita gaúcha.



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