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TransFormações




Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral…

 

Estamos abrindo uma nova coluna para considerações reflexivas neste valioso espaço de nossa federativa, a Fergs.

O título TransFormações não vem por acaso. Conforme Allan Kardec, sob a orientação dos Espíritos benfeitores da codificação, faz parte da definição de Espírita a ideia fundamental de transformação. Trans + Formar significa ir além do formado, e do formato. Avançar, ampliar, melhorar são ideias que nos remetem ao conceito de que não estamos nunca prontos, acabados.       Quando Jesus promete o Consolador também apresenta essa ideia, a de que mesmo Ele não trouxe uma mensagem acabada. Seus ensinamentos necessitariam ser re + lidos, re + visitados, porque no processo evolutivo os seres humanos contaríamos com percepções diferentes e capacidades de compreensão mais dilatadas no transcorrer do tempo.

O ser humano nunca está pronto.

Jesus nos ensinou por atos e palavras que viver é um processo que acontece na caminhada.

Kardec apresenta o Espiritismo como uma Doutrina de caráter progressivo e novamente aqui, a noção de que o Espiritismo também receberia ampliações, portanto não nasceu pronto, como uma verdade absoluta que não admite revisões e ampliações.

Se não fosse assim não haveria Lei de Progresso, conforme uma das Leis Morais contida na terceira parte do Livro dos Espíritos. Essa é uma evidência universal, tanto na ciência quanto na filosofia. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, assevera Lavoisier no seu conceito do princípio de conservação da energia.

Podemos não notar, mas estamos permanentemente nos transformando.

Acontece assim quando lemos alguma obra, é comum lermos algo e, alguns anos depois, quando retornamos ao mesmo texto, descobrimos outros significados que não havíamos compreendido da primeira vez.

O texto é o mesmo, nós não.

Nossas vivências nos transformam em um “outro eu”, permanentemente. Logo amanhã existirá um “não eu”, no sentido de não mais o “eu” de hoje. Podemos dizer de um outro modo, desde hoje há um “outro eu” em andamento e isso é incessante, num permanente vir-a-ser.

O Evangelho de Jesus, por exemplo, é um texto vivo para todos os tempos. Sempre que retornamos a ele, podemos concebê-lo por ângulos novos. É por isso que o Espiritismo não é uma Doutrina de dogmas, porque nesse conceito o conhecimento é fechado, inquestionável e definitivo.

Para sermos Espíritas precisamos ter nossas mentes prontas para transformações.

Mesmo pré + conceitos muito importantes para nós necessitam ser relativizados e não absolutos. De outro modo, não estaremos sendo Espíritas, apenas repetindo o que religiões históricas cristalizaram de forma rígida em seus pensamentos dogmáticos.

Minha ideia nesse espaço, que gentilmente a Fergs me concede, é inaugurar uma coluna de reflexão.

Meu propósito é trazer ideias que pretendem ser criativas, sem o compromisso com verdades absolutas, ou alguma revelação espetacular. Apenas provocações para pensarmos de variadas maneiras, e em múltiplas direções. Obviamente que temos o compromisso com a coerência e o embasamento sólido que a Doutrina Espírita nos oferece. O pensamento livre de Kardec é um norte que permanece, e seu bom senso nos inspira.

Como proposta inicial de tema quero começar por uma reflexão em torno dos ensinamentos da “Parábola do Filho Pródigo”, do Evangelho de Jesus. A cada quinzena continuaremos esse estudo em suas relações com conhecimentos de outras áreas do saber Espírita e humano. Espero que essa jornada seja interessante para todos que desejem nos acompanhar. Quem sabe, uma jornada de Trans + Formações.

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