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Virtude Inclusiva




Sonia Hoffmann


A virtude representa alguma qualidade representativa do homem de bem, quando ela está relacionada à moralidade e não somente ao intelectual.

O Livro dos Espíritos (KARDEC, 2013b) registra vir o progresso intelectual antes daquele moral, pois é preciso o conhecimento do bem e do mal e, posteriormente, definir a atitude a ser adotada conforme a inteligência, a vontade, a razão e a fé de cada pessoa.

Emmanuel (2008) esclarece ser ela uma aquisição do ser humano, concedendo Deus os desafios necessários para as devidas aprendizagens e consequente internalização na constância do hábito e, como menciona Allan Kardec (2013a), todas as virtudes são meritórias porque representam progresso e desenvolvimento de alguém na prática do bem, havendo virtude sempre que esta pessoa não se deixa levar pelo arrastamento das más inclinações. Ou seja, a virtude demonstra alinhamento com as leis divinas, sendo a caridade fonte importante para o surgimento de expressões virtuosas.

A educação dos sentimentos é, assim, fundamental para o desenvolvimento do ser virtuoso, pois a partir da sua estabilidade emocional e segurança obtida na consciência de estar no caminho correto há a constituição de atos interativos fundamentados no respeito e na liberdade de ação.

A relação inclusiva requer atitudes justas, respeitosas, emancipadoras, sem a necessidade de imposições e sim de intercâmbios refletidos e decididos com sabedoria e prudência. Logo, alguém inclusivo é um ser virtuoso, pois sente o próximo como um ser em evolução, em uma jornada de aperfeiçoamento moral e intelectual tanto quanto este ser se encontra, independentemente de apresentar alguma deficiência ou transtorno porque reconhece e compreende ser a diferença não uma falha ou defeito, mas a forma pela qual cada pessoa se organiza e escolhe, pelo livre-arbítrio, fazer suas opções e adquirir suas aptidões, competências e habilidades segundo suas necessidades e entendimentos.

O preconceito de qualquer ordem, a inflexibilidade engessante, as marginalizações humilhantes ou os auxílios exigentes e imbuídos de superioridade mórbida são completamente relegados ao seu desfazimento na virtude inclusiva, porque existe a identificação plena de todos ter a mesma origem (na criação por Deus) e igual condição de chegada (a perfeição relativa).

Quem é inclusivo não tem a necessidade de se dizer includente, pois a sua ação e a sua atitude falam por si só. Gestos, palavras, comportamentos tomam a direção de estabelecer com a outra pessoa um encontro sadio, repleto de oportunidades de crescimento mútuo e de uma reciprocidade que não dá espaço para uma invasão imprópria da privacidade alheia.

Por isto, é possível indicar que ser inclusivo é ser virtuoso!



Referências:


EMMANUEL (Espírito). O consolador. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 28. ed. Brasília, DF: FEB, 2008. Pergunta 253, p. 206.

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 131. ed. Brasília, DF: FEB, 2013a. Cap. XVII.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 93. ed. Brasília, DF: FEB, 2013b. Questão 893.

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